Abdulla Al-Thani, o Sheikh preguiçoso. Convivendo com problemas, resolveu colocar o Málaga à venda (El Desmarque)
A temporada 2011/2012 foi perfeita para o Málaga. A excelente campanha na Liga BBVA devolveu o clube a uma competição europeia após 15 anos. Não só a oportunidade de disputar uma competição em âmbito internacional: trata-se da Uefa Champions League, torneio no qual o clube nunca nem passou perto. O Sheikh Abdullah Al-Thani foi sintético em suas palavras no dia de sua apresentação e prometeu que, dentro de três anos, colocaria a equipe na principal competição de clubes do mundo. Não demorou muito e, um ano e meio depois de assumir a presidência do Málaga, a equipe terminou em quarto na Liga, garantindo passaporte para disputar a pré-Champions League. Associado às promessas de investimento e o poderio de seu meio-campo, que tinha como sustentação os ótimos Cazorla e Isco, ao bom trabalho de Pellegrinni, que sempre consegue bons resultados em equipes medianas, nada podia deter os blanquiazules.
A menos que o próprio clube estragasse tudo. Aliás, justamente seu arquiteto. Proprietário do Málaga, Abdulla Al-Thani tem fortuna comparável à de Mansou Al Nahyan, manda-chuva do Manchester City, mas não investiu no atual mercado. As especulações que colocavam Dzeko, Robinho e até Tévez na órbita dos malagueses ficaram apenas nas notas de jornais. Contar com os outros sócios é inútil. Logicamente após as contratações pesadas do PSG, os torcedores imaginavam uma forte ida do Málaga ao mercado. Um dos potenciais protagonistas do mercado virou, no entanto, um coadjuvante atrapalhado e sem grife.
Acusado de não ter pago ao Villarreal e Osasuna o valor completo pelas transferências de Cazorla e Monreal, respectivamente, o Sheikh perdeu força. Até os jogadores do clube foram à justiça denunciá-lo por atraso nos salários. Cazorla, Mathijsen, Van Nistelrooy, Demichelis e Rondón denunciaram o clube à AFE, mas, após insistência da diretoria, acabaram retirando. O resultado é um mercado apático, desastroso para um time sólido na chamada "liga dos humanos" e que deveria brigar por Champions League durante um bom tempo. Sem se reforçar direito e com múltiplas chances de perder Cazorla para o Arsenal, que apresentou uma proposta de 23 milhões de euros, o sonho de avançar até as oitavas-de-finais da LC fica bastante longe. Hoje, a equipe corre risco até de cair na pré-Champions. Por ora, nenhuma contratação foi feita.
Hoje, o estopim de uma crise repentina chegou ao limite. Segundo informações dadas em primeira mão pela rádio Cope, Al-Thani resolveu colocar o Málaga à venda. O árabe está negociando a venda do clube ao grupo Oil Tiça, do empresário albanês Rezart Taçi, sócio de uma petroleira e que também comanda o Bologna, da Itália. Em 2010, o empresário ofereceu dois milhões de euros ao Real Madrid para disputar um amistoso na Albânia. Fontes do periódico AS afirmam que as negociações estão bastante avançadas. O provável novo dono já fala em "achar soluções para vencer esse drama". Os torcedores, como não poderiam deixar de ser, estão bastante indignados com aquele que era seu herói. Em um fórum oficial do Málaga na internet no site El Desmarque, que cobre as equipes da Andaluzia, várias mensagens contra Al Thani foram lançadas. Perguntar não ofende: aonde o Málaga acha que vai assim?
É o famoso ilusor. Chega na mina, encanta, namora, come e depois joga fora e deixa ela deprimida e chorando. É o que esse FDP fez com a torcida do Málaga!
ResponderExcluirUma pena isso, se esperava um Málaga que em médio prazo conseguisse brigar com Real e Barça na Liga Espanhola e desse mais um charme ao campeonato, mas infelizmente agora é uma grande incógnita.
ResponderExcluirhttp://bolanooctogono.blogspot.com.br/
Gostei muito do Blog,e gostaria de dar uma sugestão sobre uma matéria relacionada à jogadores históricos : Joan Segarra , o primeiro "grande capitão". Se já tiver uma matéria aqui sobre ele, queira me desculpar.
ResponderExcluirA coluna "Jogadores Históricos" deu um pausa, mas fica anotado a sugestão.
ResponderExcluirObrigado e abraço!