Mourinho e Valdano nunca foram fãs um do outro. Mas a relação de cordialidade entre os dois parece ter chegado ao fim após declarações do português (reuters)
Encontrar a paz no ambiente madrileño tem sido tarefa árdua do fim de dezembro para cá. O principal motivo era a contratação de mais um centroavante, após a lesão de Higuaín deixar o Real Madrid com apenas um no elenco. O assunto só tratou de deixar mais azeda a relação entre Mourinho e Jorge Valdano, diretor esportivo do Real Madrid. Tudo começou após a partida polêmica contra o Sevila, onde Mourinho elaborou uma lista com treze erros garrafais de Cloz Gómez, que, segundo o técnico de Setubal, não merece mais apitar uma partida do Real Madrid.
Na ocasião, Mou deu uma cutucada em Valdano, ao dizer que quem tem que pressionar os árbitros para evitar que o clube seja prejudicado era o diretor, e não o técnico da equipe: "há um clube, uma estrutura e quero que minha equipe seja defendida por isso. Se eu digo o que penso, amanhã estou nas manchetes e suspenso". O suficiente para a imprensa espanhola começar a especular sobre o futuro de Mourinho no comando técnico dos merengues e confirmar a rota de colisão do português com as decisões da sociedade.
À época, na coletiva pré-jogo ante o Levante, pela Copa, Mourinho levantou mais especulações em torno de seu futuro em Chamartín. O treinador português simplesmente não compareceu à coletiva, decretando o seu primeiro silência à imprensa desde que chegou à Espanha. O técnico de Setubal foi representado pelo auxiliar técnico Aitor Karanka, que tratou de dizer que não há qualquer divergência entre o português e a direção do clube. Mas após o caso de dias antes, tornou-se difícil acreditar nas palavras do auxiliar.
A relação entre Mourinho e Valdano nunca foi as das mais animadoras. Os dois já se alfinetaram via imprensa antes mesmo do português sonhar em se transferir ao Real Madrid. Em maio de 2007, o diretor merengue teria dito que Mourinho era uma espécie de técnico ditador porque foi um jogador de futebol frustrado. Mourinho, por sua vez, não ficou calado e logo respondeu Valdano: "quero colocar um ponto final na minha carreira aos 60 anos de idade como já havia decidido. Não quero ficar como esses senhores que não respeitam aos que trabalham e não admiram aos profissionais que exercem a profissão melhor do que eles", disse Mou.
Desde a contusão de Higuaín, Mourinho está descontente com o clube. Primeiro, por demorar a definir o tipo de tratamento do atacante, o que pode levar a uma demora extra em seu retorno. Depois, pela falta de iniciativa em buscar no mercado um substituto. O nome de van Nistelrooy surgiu como possibilidade, mas o Hamburgo não quis fazer negócio. E o impasse está criado. Valdano logo disparou contra o técnico após o empate contra o Almería. Perguntado sobre as especulações em torno de um camisa nove, Valdano foi sintático: "havia um nove no banco. O que estão fazendo com Benzema é uma injustiça tremenda", disse, em alusão ao fato de Mourinho colocar Kaká no time titular adiantando Cristiano Ronaldo para a posição do francês.
O técnico não confia em Benzema e não tem pudor em expor o francês. Primeiro, ao colocá-lo quase sempre em situações pouco relevantes. Depois, ao considerar sua saída para a entrada de Kaká – com Cristiano Ronaldo deixando o meio-campo para assumir a função de "falso centroavante. Tática e tecnicamente, ele tem alguma razão. Mas Benzema foi uma das grandes contratações do então recém-eleito Florentino Pérez na temporada passada e, desde então, o Marca faz campanha aberta para que ele vingue como grande homem-gol do time. Na última semana, o assunto ganhou força na mídia, e se transformou em briga. O jornalista Siro López revelou em um programa de TV que Mourinho deixou vazar na imprensa que quer sair. Pouco depois, o As – outro veículo pró-Real Madrid – também publicou a informação. O El País (dono do As, mas praticante de jornalismo sério em seu caderno de esporte) foi na mesma linha, e reforçou ao informar que tal situação já estaria preocupando Pérez.
Porém, Florentino Pérez logo tratou de "mimar" Mourinho: o presidente merengue foi ao mercado e comprou o nove tão pedido pelo gajo. Após o Hamburgo rejeitar a proposta do retorno de van Nistelrooy, restou ao presidente ir a Manchester fechar um empréstimo com opção de comprar por Emanuel Adebayor. Em outras palavras, a contratação colocou um ponto final e decretou a vitória de Mourinho na "briga" contra Valdano, que defendia a tese de que Benzema poderia ser mais utilizado.
Mourinho é esperto o suficiente para evitar que tal disputa atrapalhe o desempenho de seus jogadores, mesmo que ela postergue a definição da contratação ou não de um novo centroavante. Mas o caso serviu para expor o modo como parte da imprensa espanhola se envolve com o Real Madrid (e, óbvio, há o lado que faz o mesmo pelo Barcelona). Já é alguma coisa.
Na ocasião, Mou deu uma cutucada em Valdano, ao dizer que quem tem que pressionar os árbitros para evitar que o clube seja prejudicado era o diretor, e não o técnico da equipe: "há um clube, uma estrutura e quero que minha equipe seja defendida por isso. Se eu digo o que penso, amanhã estou nas manchetes e suspenso". O suficiente para a imprensa espanhola começar a especular sobre o futuro de Mourinho no comando técnico dos merengues e confirmar a rota de colisão do português com as decisões da sociedade.
À época, na coletiva pré-jogo ante o Levante, pela Copa, Mourinho levantou mais especulações em torno de seu futuro em Chamartín. O treinador português simplesmente não compareceu à coletiva, decretando o seu primeiro silência à imprensa desde que chegou à Espanha. O técnico de Setubal foi representado pelo auxiliar técnico Aitor Karanka, que tratou de dizer que não há qualquer divergência entre o português e a direção do clube. Mas após o caso de dias antes, tornou-se difícil acreditar nas palavras do auxiliar.
A relação entre Mourinho e Valdano nunca foi as das mais animadoras. Os dois já se alfinetaram via imprensa antes mesmo do português sonhar em se transferir ao Real Madrid. Em maio de 2007, o diretor merengue teria dito que Mourinho era uma espécie de técnico ditador porque foi um jogador de futebol frustrado. Mourinho, por sua vez, não ficou calado e logo respondeu Valdano: "quero colocar um ponto final na minha carreira aos 60 anos de idade como já havia decidido. Não quero ficar como esses senhores que não respeitam aos que trabalham e não admiram aos profissionais que exercem a profissão melhor do que eles", disse Mou.
Desde a contusão de Higuaín, Mourinho está descontente com o clube. Primeiro, por demorar a definir o tipo de tratamento do atacante, o que pode levar a uma demora extra em seu retorno. Depois, pela falta de iniciativa em buscar no mercado um substituto. O nome de van Nistelrooy surgiu como possibilidade, mas o Hamburgo não quis fazer negócio. E o impasse está criado. Valdano logo disparou contra o técnico após o empate contra o Almería. Perguntado sobre as especulações em torno de um camisa nove, Valdano foi sintático: "havia um nove no banco. O que estão fazendo com Benzema é uma injustiça tremenda", disse, em alusão ao fato de Mourinho colocar Kaká no time titular adiantando Cristiano Ronaldo para a posição do francês.
O técnico não confia em Benzema e não tem pudor em expor o francês. Primeiro, ao colocá-lo quase sempre em situações pouco relevantes. Depois, ao considerar sua saída para a entrada de Kaká – com Cristiano Ronaldo deixando o meio-campo para assumir a função de "falso centroavante. Tática e tecnicamente, ele tem alguma razão. Mas Benzema foi uma das grandes contratações do então recém-eleito Florentino Pérez na temporada passada e, desde então, o Marca faz campanha aberta para que ele vingue como grande homem-gol do time. Na última semana, o assunto ganhou força na mídia, e se transformou em briga. O jornalista Siro López revelou em um programa de TV que Mourinho deixou vazar na imprensa que quer sair. Pouco depois, o As – outro veículo pró-Real Madrid – também publicou a informação. O El País (dono do As, mas praticante de jornalismo sério em seu caderno de esporte) foi na mesma linha, e reforçou ao informar que tal situação já estaria preocupando Pérez.
Porém, Florentino Pérez logo tratou de "mimar" Mourinho: o presidente merengue foi ao mercado e comprou o nove tão pedido pelo gajo. Após o Hamburgo rejeitar a proposta do retorno de van Nistelrooy, restou ao presidente ir a Manchester fechar um empréstimo com opção de comprar por Emanuel Adebayor. Em outras palavras, a contratação colocou um ponto final e decretou a vitória de Mourinho na "briga" contra Valdano, que defendia a tese de que Benzema poderia ser mais utilizado.
Mourinho é esperto o suficiente para evitar que tal disputa atrapalhe o desempenho de seus jogadores, mesmo que ela postergue a definição da contratação ou não de um novo centroavante. Mas o caso serviu para expor o modo como parte da imprensa espanhola se envolve com o Real Madrid (e, óbvio, há o lado que faz o mesmo pelo Barcelona). Já é alguma coisa.
No final das contas, Mourinho falou isso de ir embora onda. Duvido que ele saia de Madrid sem ao menos conquistar um título. Coloco minha mão no fogo se ele vazar em junho. Mas a relação entre Mourinho-Valdano acabou.
ResponderExcluirde onda*, aliás.
ResponderExcluirtbein acho que o Mourinho nao sai, se nao nao teria logica ele ter saido da inter, o cara queria um 9 porque o benzema nao estava correspondendo, agora talvez a situação melhore para o lado de Madrid
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