No Racing Santander, jogou 19 partidas no Campeonato Espanhol da temporada 1976-77. Depois ficou lá apenas até o ano de 1978, quando com 21 anos foi jogar no maior palco de sua carreira, o Vicente Calderón. Arteche chegou com moral elevada aos Colchoneros, logo o camisa 4 passou a utilizar a braçaderia de capitão, posto que foi comum em sua carreira. Foram onze anos liderando o time de Madrid, onde nunca deixou faltar raça e vontade em campo. Em seus primeiros anos defendendo a camisa rojiblanca, Arteche viveu momentos diferentes. Pois o à época o Atleti alternava bons e maus momentos, muitas vezes aparecendo no topo da tabela, mas no ano seguinte voltava a frequentar a parte mediana da tabela do Campeonato Espanhol.
O primeira faixa de campeão demorou a ser conquistada. E veio na temporada de 1984-85. Foi o ano que o Atletico de Madrid alcançou o título da Copa do Rey. A final foi disputada no estádio do rival de Madrid, o Santiago Bernabeu. O adversário foi o Athletic Bilbao e a vitória veio por 2x1. Antes do início da nova temporada, o Atlético de Madrid, de Arteche ainda conquistaria mais um título. A Supercopa foi vencida após dois jogos frente ao poderoso Barcelona, que tinha Bernd Schuster como principal destaque. Na primeira partida, no Vicente Calderón o 3x1 praticamente garantiu o título, que foi confirmado com a derrota por 1x0 fora de casa, quando a defesa liderada por Arteche teve que trabalhar muito.
A grande decepção da carreira de El Escudo – com era conhecido – foi a derrota para o Dinamo de Kiev, na final da Recopa Europeia, na temporada 1985-86. O 3x0 imposto pelos ucranianos evitou que Arteche conquistasse seu primeiro e único título continental. Porém também foi em 1986 que El Escudo foi pela primeira vez convocado a defender La Roja e participou da vitória por 1x0 contra a seleção Romena, em novembro. Sua história na seleção foi curta, apenas quatro partidas e a despedida logo em fevereiro de 1987, na derrota por 2x4 para a Inglaterra que teve Gary Lineker – que seria o artilheiro da Copa de 1986 – em estado de graça, ao marcar os quatro tentos da vitória inglesa.
Depois de sua última participação com a Furia, Arteche ainda jogou mais dois anos no Atletico de Madrid, quando se aposentou em 1989. Seus últimos momentos no Atleti não foram os mais felizes, esteve envolvido em polêmicas com o presidente Jesus Gil. E depois com o treinador, que utilizava cada vez menos de El Escudo, assim Juan Carlos Arteche deixou os Colchoneros após onze anos e também deixou de jogar com apenas 32 anos.
Mario Kempes foi entrevistado pela revista inglesa 4-4-2 e escalou os onze melhores que viu jogar. Arteche, rival enquanto o argentino jogou no Valencia e no Hércules, escalou o ex-zagueiro do Atletico e declarou: “Você tinha que pensar duas vezes para tentar passar por ele.” e completou: “Arteche nasceu para defender e acabar com as jogadas dos ataques adversários.” Arteche seguiu ligado ao futebol, passou a comentar jogos na rádio e na televisão. Mas logo descobriu um câncer, a luta foi dura, mas o zagueiro difícil de ser batido em campo perdeu para a doença. E em 13 de outubro faleceu em Madrid a grande bandeira do Atletico de Madrid.
O Vicente Calderón reconheceu Arteche no dérbi contra o Getafe, que ocorreu três dias depois da morte do zagueiro. Ele foi homenageado aos 4 minutos (em referência ao número da camisa usada por Arteche) o estádio levantou em uma enorme salva de palmas, a justa homenagem à lenda estava feita, que ficou completa após a vitória do Atletico por 2x0.
Juan Carlos Arteche
Nascimento: 11 de abril de 1957, em Maliaño
Morte: 13 de outubro de 2010, em Madrid
Posição: Zagueiro
Clubes como jogador: Racing Santander (1975-78) e Atletico de Madrid (1978-89)
Títulos: Copa do Rey (1985) e Supercopa da Espanha (1985)
Seleção Espanhola: 4 jogos e 1 gol
Olá, pessoal!
ResponderExcluirTexto muito bom. Não sou Atlético de Madrid, mas fiquei bem triste pelo falecimento do Arteche. Em pensar que agora o Atlético não tem um zagueiro decente que possa honrar a camisa 4 do Juan.
Abraço!