O início de temporada sempre gera bastante surpresas. Na temporada passada, Real Sociedad, Bétis e Levante fizeram parte deste grupo. O Bétis chegou a liderar a Liga, mas perdeu o fôlego ainda no primeiro turno, assim como a Real Sociedad. O Levante foi longe e hoje disputa a Liga Europa. Em 2012/11, Mallorca e Rayo Vallecano são as equipes que surpreendem. O principal motivo dessa surpresa é comum entre a dupla: perderam seus principais jogadores e não conseguiram repôr à altura, mas funcionam ao natural.
Enquanto Michu brilha na Premier League, o Rayo Vallecano não tem sentindo sua falta... por enquanto (Zimbio)
O Rayo Vallecano já vem chamando a atenção desde a temporada passada. Após viver uma grave crise financeira durante quase uma temporada, os franjiroyos driblaram todas as adversidades e, como num filme de drama, se salvaram do rebaixamento na última rodada e aos 48 minutos do segundo tempo. Se administrativamente a crise persistia, em campo as coisas caminharam muito melhor que a encomenda. Nesta temporada, para fazer caixa, a venda de seu principal craque, Michu, foi obrigatória. O meio-campista marcou 17 gols na temporada passada e mostrou um verdadeiro repertório de dribles e passes. Ele comprova sua qualidade neste início de Premier League pelo Swansea, onde marcou quatro gols em três jogos. Outra grande perda do mercado foi a não-renovação do empréstimo de Diego Costa, que caiu como uma luva no esquema de José Ramón Sandoval no mercado de inverno, mas voltou ao Atlético de Madrid.
A principal mudança em relação à equipe da temporada passada é uma defesa mais sólida preparada pelo treinador. Em 2011/12, o Rayo teve a pior, com 76 gols sofridos. Em três jogos na Liga 12/13, sofreu apenas 1. Ontem, os rayistas seguraram o veloz ataque do Sevilla com um jogador a menos durante quase um tempo do jogo. É cedo para chegar a uma conclusão definitiva, mas a equipe de Vallecas tende a fazer uma temporada mais segura se seguirem à risca a proposta de Sandoval. O presidente Raúl Martín Presa está bastante animado, e o discurso é de permanência na elite. Desse jeito, com uma bola parada que dá resultados e uma defesa mais eficiente, o Rayo pode fazer uma temporada mais acessível. Cada um sabe no que pode acreditar e investir.
Em Palma de Mallorca, o último dia de mercado trouxe boa notícia. Para esse colunista, a aquisição do mexicano Giovanni dos Santos foi a melhor do deadline. Num Mallorca tão carente de drible e sem extremos genuínos, ele chega como peça-chave. Se ao menos repetir as atuações da passagem pelo Racing Santander, quando evitou o rebaixamento da equipe cantabriano de uma maneira melhor que a de Canales em 2010, Gio irá valer o investimento. A responsabilidade no Ono Estadi é maior: substituir Gonzalo Castro, principal jogador mallorquín nas últimas cinco temporadas. O uruguaio se transferiu para a Real Sociedad no verão e deixou uma grande lacuna em Mallorca.
A parceria do meio-campista criado nas canteras do Barcelona com Hemed tende a funcionar com à medida que os jogos passarem e colher frutos aos bermellones. O israelense começou a temporada à toda: anotou três dos quatro gols do Mallorca nas três primeiras rodadas. É cedo para profetizer como será a temporada dos baleares, mas Caparrós, novamente, merece elogios por manter um padrão de jogo mesmo sem Chori Castro. Novamente, o andaluz mostra qualidade e trabalho positivo em equipes com elenco limitados. Após projetar um Sevilla e Athletic Bilbao que viriam a fazer sucesso com Juande Ramos e Marcelo Bielsa, ele começa a transformar o Mallorca em competitivo. Naturalmente, não no mesmo tom de suas ex-equipes, mas ainda assim as respostas são as melhores possíveis.
Seleção da 3ª rodada
Andrés Fernandez (Osasuna), Demichelis (Málaga), Rami (Valencia), Marchena (Deportivo), Adriano (Barcelona); Camacho (Málaga), Xavi (Barcelona), Juanlu (Levante); Susaeta (Athletic Bilbao), Barrada (Getafe), Cristiano Ronaldo (Real Madrid). Treinador: Paco Jémez (Rayo Vallecano)
Seleção da 3ª rodada
Andrés Fernandez (Osasuna), Demichelis (Málaga), Rami (Valencia), Marchena (Deportivo), Adriano (Barcelona); Camacho (Málaga), Xavi (Barcelona), Juanlu (Levante); Susaeta (Athletic Bilbao), Barrada (Getafe), Cristiano Ronaldo (Real Madrid). Treinador: Paco Jémez (Rayo Vallecano)
Eu vi os gols do Michu pelo Swansea no início dessa temporada (não o vi jogando) e me impressionou, foi uma grande contratação do time galês.Pena do Rayo, somado a saída do Diego Costa, jogador emprestado que se destacou. Nos últimos tempos, jogadores de times médios ou pequenos que se destacaram e retornaram aos seus clubes de origem ou foram comprados por um gigante, não foram bem aproveitados (diga-se também valorizados), um exemplo disso é o que aconteceu com Ruben de La Red, pq ao deixar ao Getafe não brilhou no Real Madri (claro, ali tem muitos craques que tiram espaço de qualquer um) na minha opinião. Então temo como o Diego Costa possa se comportar nos colchoneros.
ResponderExcluirConcordo com Gio dos Santos, foi a grande contratação, sou fã do futebol dele, aliado a um time bem arrumado e técnico bom esforçado, pode representar sucesso para o mexicano filho de brasileiro, quem sabe ir para um "gigante" na próxima temporada.
Victor, vc mencionando sobre o Joaquim Caparrós, que onde sai, deixa um bom início de trabalho para o próximo técnico que assume, vide Sevilla e A. Bilbao, me fez lembrar do técnico Cuca daqui do Brasil, que sempre soube montar boas equipes por onde passou. Mallorca pode alcançar uma boa posição no campeonato.
Abraço.
PS. Não quero apressar e nem cobrar (pq ainda é cedo eu acho), apenas para saber: vc ainda irá fazer um comparativo entre o trabalho do Tito Vilanova e do Pep Guardiola do Barça?
Apenas para adiantar: eu notei inicialmente no trabalho do Tito, que a posse de bola não é constante, é um time mais "velocista", trocas mais rápidos de passes, "indo para cima" até de maneira meio kamikaze até, vide "as bolas nas costas" que o time tomou contra o Real Madri e os gols que tomou. Talvez até mais ofensiva e agradável de se ver jogar em muitos momentos, sem aquele tiky taka eficiente (mas que irritava em muitos momentos) do Guardiola, sendo facilmente abatido nas roubadas de bola, e usando muitos chutes a gol (algo que o Vilanova disse em entrevista que a equipe chutaria e observei isso no jogo, basta lembrar o gol contra o Valencia do Adriano).
Qdo o Guardiola assumiu o Barcelona, se não me engano, o time perdeu a primeira partida do espanhol e empatou na segunda, nessa segunda partida, ele acertou o time, como ele mesmo disse em entrevista, e o time deslanxou.
Guardadas as devidas proporções e comparações, será que o Tito Vilanova acerta esse time para a temporada?
PS. Esse time do Tito, me lembra a Roma da temporada passada do Luis Henrique (ex-treinador do Barça B, só para lembrar e comparar), muito ofensiva, jogava com a equipe bem adiantada na marcação e no posicionamento, agradável de se ver jogar, mas com uma defesa bem permeável.
Michu é muito bom jogador e tem tudo para dar certo na Premier League. Aliás, os espanhóis que estão indo ao campeonato inglês nos últimos anos têm saído-se bem.
ResponderExcluirSobre o Barcelona, boa sugestão de pauta. Eu já havia programado algo para falar sobre a equipe de Tito Vilononva ainda nesta semana.
Obrigado pela visita e pelo comentário
Abraço!