Foi um passeio do Bayern de Munich na Alianz Arena (AS)
Quando foi apresentado ao Valencia, o treinador Maurício Pellegrino deixou no ar a probabilidade de escalar um time mais defensivo em relação ao de Unai Emery. O treinador afirmou que, numa hora, uma possível trinca de volantes entraria em ação, num provável 4-3-2-1. Nessa proposta de jogo, Gago seria um jogador essencial pelo fato de reunir características propícias ao módulo tático: qualidade na armação e força na marcação. No entanto, o que se vê neste início de temporada é a utilização natural do 4-2-3-1. A derrota para o Bayern de Munich na estreia da Champions League trouxe à tona o debate em torno das palavras ditas pelo treinador em julho.
Na terça-feira, José Mourinho não teve vergonha de jogar no 4-3-3 no Santiago Bernabéu. Ele tirou Özil da equipe titular, mas, ao invés de dar chances a Modric, utilizou Essien ao lado de Xabi Alonso e Khedira na volância. Pellegrino, que encarou o fortíssimo Bayern de Munich na Allianz Arena, assinou atestado de derrota ao iniciar a equipe com Dani Parejo ao lado de Tino Costa. O meio-campista, que se destacou pelo Getafe há duas temporadas, nunca foi bem no Valencia quando atuou de volante. Sem os lesionados Gago e Banega, o natural seria a escolha - por emergência, diga-se de passagem - do espanhol, mas o treinador poderia utilizar um módulo tático mais conservador para não passar por apuros.
O 2x1, na teoria, não diz muito o que foi o jogo. Com 64% da posse de bola, o Bayern de Munich dominou os chés durante os 90 minutos. A intensidade na marcação ainda no campo de ataque forçou os valencianos a erros aos quais não está acostumado. Quando tinha a bola, os visitantes, pressionados por um ou dois jogadores, se livravam delas. Em suma, o Valencia foi uma máquina de perder bolas. Toni Kroos, o melhor em campo, Schweinsteiger, Robben, Ribéry e Müller impussionaram a equipe que conseguiu atuar de igual para igual contra Real Madrid e Barcelona um cenário de desconforto ainda não visto nesta temporada.
O elenco à disposição de Maurício Pellegrino é muito bom, mas lhe impõe alguns desafios. Por exemplo, há muita gente boa com a bola e nem tão boa sem ela. Talvez por isso ele balbuciou tais palavras em sua apresentação. Nos últimos anos, não houve um jogador no elenco com capacidade para fazer o trabalho sujo. Hoje, Tino Costa, no papel, é o responsável por executar tal função, mas o argentino desempenha um papel mais ofensivo, chegando à frente nas jogadas de ataque.
O início de temporada não reservou ao Valencia moleza. O fato de ter feito boas partidas ante os gigantes contrastam com o empate ante o Deportivo, a vitória sob dúvida diante do Celta Vigo e a derrota merecida para o Bayern de Munich. Os chés continuam sendo a melhor equipe humana da Espanha, mas vê no retrovisor o Atlético de Madrid bater à porta. Isso sem dizer o Málaga, vice-líder da Liga e de estreia convincente na Champions. O alerta já começou a ser ligado em Paterna.
Barcelona
O Barça estreou com vitória, mas passou por apuros. Tito Vilanova voltou a mostrar os erros de outrora, e demorou muito para colocar Villa em campo. A lesão de Piqué cai como uma bomba no Camp Nou porque pode deixá-lo de fora do superclássico. Sem Puyol, Piqué, Tito terá de improvisar Song ou dar chances a Bartra. Na coletiva pós-jogo, ele deixou no ar a possibilidade de optar pelo canterano.
Que uniforme é esse do Valencia? Homenagem a Catalunha? Ninguém merece. Se não me engano, posso estar errado, parcece que Pellegrino trabalhou com Bielsa em determnado momento da carreira, mas... não lembra em nada em campo o time do argentino. Ele já demonstrou ser um treinador mais defensivo que Unay Emery. Para os padrões espanhóis, chega ser uma heresia, pois muitas equipes jogam ofensivamente.
ResponderExcluirTalvez a derrota para o Bayer fosse previsível, mas a maneira como perdeu, como vc mesmo disse Vítor, mereceu.
Em relação ao Barcelona, bom...
Me preocupa a maneira como joga, tem beleza no jogar ainda, mas ficou muito vunnerável, 'toma muito bola nas costas', tem erros de defesa que o Vilanova não conseguiu corregir, ele ainda não acertou ainda um time 'azeitado', entrosado e de primeio nível que é o Barça e que foi deixado pelo Guardiola. Estão falando que pq ele sempre foi assistente, mas eu acho que não é isso. Ele está tentando implantar um novo estilo de jogo, é até necessário, pq o estilo de jogo do Barça ficou muito marcado, mas ainda não conseguiu implantar. Se ele não conseguir acertar o time, mesmo sendo líder do espanhol, Pep Guardiola pode voltar depois do seu 'ano sabático', caso as coisas apertem.
É uma homenagem a Comunidade Valenciana, amigo.
ResponderExcluirDe fato, Pellegrini é mais defensivo do que o Unai, que os torcedores tanto crucificavam. Quero ver até quando vai durar a paciência dos aficionados com o atual treinador, bastante respeitado em Paterna.
Abraço!