domingo, 9 de maio de 2010

Jogadores: Josep Guardiola

Guardiola na foto oficial do clube na temporada do centenário blaugrana. Um vitorioso como jogador e como técnico (fcbonline)


Quando assumiu o comando do Barcelona em junho de 2008, pouca gente acreditou que Pep Guardiola, um treinador novo e sem grande experiência no mundo do futebol, seria capaz de colocar os blaugrana novamente no caminho dos títulos. Não demorou muito para que os críticos se calassem com o futebol ofensivo, plástico e efetivo praticado pela equipe espanhola tanto em nível nacional, quanto continental. Para muitos foi uma surpresa, mas não para aqueles que se lembram dos feitos desse homem como jogador e capitão do Barcelona. Hoje, é impossível falar de Xavi, Iniesta e Fabregas sem fazer referência e reverência às características que fizeram de Pep um jogador único em seu tempo.

Ao lado dos habilidosos companheiros, Guardiola conquistou, em sua primeira temporada como profissional, o título do Campeonato Espanhol e da Supercopa da Espanha. Na temporada seguinte, Pep foi um dos pilares daquele que viria a ser conhecido posteriormente como o Dream Team do Barcelona, garantindo uma marcação firme e saída de bola precisa com sua visão de jogo apurada e lançamentos precisos para Stoichkov e Laudrup. Por conta das qualidades já citadas e liderança e carisma notórios para alguém de tão pouca idade, Guardiola era tido como um dos líderes do time e o homem de confiança de Cruyff dentro das quatro linhas. Na temporada 1991-92, com um time mais entrosado e efetivo, o Barcelona venceu novamente o título nacional e faturou a Copa dos Campeões da Europa com uma vitória emocionante sobre a Sampdoria na prorrogação. As atuações impecáveis na cabeça de área do melhor time do continente renderam a Guardiola uma convocação para a seleção olímpica da Espanha que disputaria e ganharia o ouro nos Jogos de Barcelona em 1992. Poucos meses depois foi convocado para a seleção principal para um jogo contra a Irlanda do Norte e recebeu o Trofeo Bravo daquele ano, prêmio dado à revelação europeia da temporada.

As duas épocas seguintes serviriam para consolidar a hegemonia do Barça em território nacional com a conquista de mais dois títulos da Liga e da Copa do Rei. No entanto, o timaço formado nos anos anteriores e reforçado por Romário a partir de 93, não foi capaz de conquistar novamente a Liga dos Campeões da Europa, o que deixou os torcedores com a sensação de que Dream Team poderia ter ido ainda além do que foi. Guardiola, no entanto, continuou evoluindo e criando toda uma mística em torno da camisa 4 blaugrana.

Além de ídolo do Barcelona, Pep era também um símbolo para o povo da Catalunha. Entusiasta da região espanhola, defendia a criação de uma seleção nacional de futebol catalã, além de fazer questão de comemorar diversos títulos enrolado em uma bandeira da Catalunha.

Os anos seguintes foram de mudanças, com troca de técnicos e a chegada e saída de grandes jogadores. O que não mudou foi a titularidade de Guardiola e sua liderança e carisma absolutos com a camisa do Barcelona. Em 1994 participou de dois jogos da Copa do Mundo, marcando um gol de pênalti e, depois de duas temporadas sem tanto brilho, tornou-se capitão do clube com a aposentadoria de Jose Bakero. No mesmo ano o Barça voltou ao caminho dos títulos se sagrando campeão da Liga e da Copa do Rey em 1997-98 e 1998-99 e da Recopa Europeia de 1997. Titular da Espanha durante as eliminatórias para a Copa de 98, acabou não indo à França em virtude de uma lesão.

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