O novo e desconhecido Cartagena está perto de realizar uma façanha gigantesca. Maior até que o próprio clube que tem apenas 14 anos e que estreou nesta temporada na Liga Adelante. Há seis rodadas do fim, é o terceiro colocado, e conseguiria a última vaga para a primeira divisão. Caso confirme o acesso, vai faltar espaço no Estádio Cartagonova para receber Messi, Xavi, Kaká e Cristiano Ronaldo.
Por isso, os cuidados são totais. Os dirigentes não falam sobre a próxima temporada para não desmobilizar o grupo. Os jogadores receberam semanas atrás a missão de “dar a vida em campo”. A ordem teve efeito imediato e o time nunca baixou da quarta posição. Venceu os dois jogos contra o rival Múrcia e ficou 11 rodadas sem perder. A campanha deve-se, principalmente, ao “craque” do clube. Ele não corre, nem marca, tampouco chuta. Apenas observa. E paga. O presidente Francisco Hernández tirou o Cartagena do buraco e prometeu levá-lo ao topo. Só não imaginava que chegaria lá tão rápido.
Com Hernández no comando, o Cartagena se profissionalizou. Ele bancou salários e cobriu dívidas. Correu atrás de patrocínios mais poderosos e de jogadores famosos para atrair – e criar - torcedores. Era um processo demorado. O objetivo final: a segunda divisão. Depois de chegar perto em 2006, o Cartagena subiu em 2009. Venceu o Alcoyano, no jogo de ida das quartas de final, por 2x1, em casa. Na volta, segurou um dramático 2 a 2 e pôde, enfim, vibrar. A classificação direcionou recursos e holofotes para o Cartagonova até então distantes e desconhecidos. A realidade mudou e com ela o clube cresceu.
Para a atual temporada, Hernández trocou o treinador. Tirou o campeão da terceira divisão, Paco Jémez, e fechou com o experiente Juan Ignacio Martínez. Juntos, montaram o melhor time da curta história do Cartagena. Foram a Portugal contratar o ex-atacante do Real Madrid Javier Balboa junto ao Benfica e tiraram do Villarreal o zagueiro francês Pascal Cygan, campeão inglês pelo Arsenal, em 2004. Também estiveram em Barcelona para buscar o meia Antonio Longás, 25 anos, do Barça B e com passagem pelo Zaragoza. Tem sido o melhor jogador do Cartagena e é candidato a estrela do campeonato.
Projetando a próxima temporada
Se esta temporada tem sido boa, os poucos torcedores projetam 2010/11 ainda melhor. Os 2,5 mil sócios já procuram hotéis e organizam excursões para Madrid e Barcelona. Querem estar no Camp Nou e no Santiago Bernabéu quando o clube viverá momentos mágicos, independente do placar das partidas. Mais importantes até que o eventual acesso à Liga.
Isso porque o Cartagena não tem nenhum título oficial. Nunca levantou uma taça ou vestiu uma faixa. O estádio onde joga também não pode chamar de seu. Emprestado pela prefeitura, o Cartagonova pode receber até 15 mil pessoas, mas raramente o público passa de 5 mil. Construído no fim da década de 80, foi baseado no Miniestadi, do Barcelona, que o usa em partidas da equipe B e das categorias de base.
Por isso, os cuidados são totais. Os dirigentes não falam sobre a próxima temporada para não desmobilizar o grupo. Os jogadores receberam semanas atrás a missão de “dar a vida em campo”. A ordem teve efeito imediato e o time nunca baixou da quarta posição. Venceu os dois jogos contra o rival Múrcia e ficou 11 rodadas sem perder. A campanha deve-se, principalmente, ao “craque” do clube. Ele não corre, nem marca, tampouco chuta. Apenas observa. E paga. O presidente Francisco Hernández tirou o Cartagena do buraco e prometeu levá-lo ao topo. Só não imaginava que chegaria lá tão rápido.
Com Hernández no comando, o Cartagena se profissionalizou. Ele bancou salários e cobriu dívidas. Correu atrás de patrocínios mais poderosos e de jogadores famosos para atrair – e criar - torcedores. Era um processo demorado. O objetivo final: a segunda divisão. Depois de chegar perto em 2006, o Cartagena subiu em 2009. Venceu o Alcoyano, no jogo de ida das quartas de final, por 2x1, em casa. Na volta, segurou um dramático 2 a 2 e pôde, enfim, vibrar. A classificação direcionou recursos e holofotes para o Cartagonova até então distantes e desconhecidos. A realidade mudou e com ela o clube cresceu.
Para a atual temporada, Hernández trocou o treinador. Tirou o campeão da terceira divisão, Paco Jémez, e fechou com o experiente Juan Ignacio Martínez. Juntos, montaram o melhor time da curta história do Cartagena. Foram a Portugal contratar o ex-atacante do Real Madrid Javier Balboa junto ao Benfica e tiraram do Villarreal o zagueiro francês Pascal Cygan, campeão inglês pelo Arsenal, em 2004. Também estiveram em Barcelona para buscar o meia Antonio Longás, 25 anos, do Barça B e com passagem pelo Zaragoza. Tem sido o melhor jogador do Cartagena e é candidato a estrela do campeonato.
Projetando a próxima temporada
Se esta temporada tem sido boa, os poucos torcedores projetam 2010/11 ainda melhor. Os 2,5 mil sócios já procuram hotéis e organizam excursões para Madrid e Barcelona. Querem estar no Camp Nou e no Santiago Bernabéu quando o clube viverá momentos mágicos, independente do placar das partidas. Mais importantes até que o eventual acesso à Liga.
Isso porque o Cartagena não tem nenhum título oficial. Nunca levantou uma taça ou vestiu uma faixa. O estádio onde joga também não pode chamar de seu. Emprestado pela prefeitura, o Cartagonova pode receber até 15 mil pessoas, mas raramente o público passa de 5 mil. Construído no fim da década de 80, foi baseado no Miniestadi, do Barcelona, que o usa em partidas da equipe B e das categorias de base.
Nenhum comentário:
Postar um comentário