Após temporadas opacas no Valencia, Joaquín renasceu no Málaga, onde é fundamental para as pretensões do time na temporada (AP Photos)
Todos sabem que o verão que o Málaga passou foi rodeado de polêmicas. O clube perdeu Cazorla, Mathijsen e Rondón, que criticaram a postura controversa da administração do sheikh Abdullah Al-Thanil. Sobre esse assunto, tratamos recentemente. O estardaçalho feito durante esse momento negro foi grande, mas, analisando calmamente, desnecessário. Em terceiro lugar na Liga e a dois pontos de avançar de fase na Champions League, a equipe blanquiazul vive um de seus melhores momentos na história. Nesse cenário, um nome tem se destacado positivamente. Trata-se de Joaquín Sánchez, um dos jogadores espanhóis mais talentosos dos últimos anos, mas que teve uma carreira atrapalhada, principalmente, pelas lesões.
Formado nas categorias de base do Bétis, ele nunca chegou a ser o que prometia. Titular da seleção espanhola na Copa de 2006, teve uma temporada de ouro com os verdiblancos em 2004-2005, quando foi o melhor jogador do título da Copa do Rei. No Valencia de Villa e Silva, perdeu a titularidade quando o jovem Pablo Hernández despontou. Mesmo após a saída do Guaje para o Barcelona, quando Joaquín assumiu a lendária camisa sete, não conseguiu se firmar na equipe titular, sendo deixado de lado por Unai Emery. Sua contratação por parte do Málaga foi vista sob desconfiança. E com razão. Na temporada passada, o andaluz alternou boas e más partidas e viu Cazorla e Isco assumirem o protagonismo. Com a saída de Santi ao Arsenal, ele tem sido um substituto à altura.
Os aficionados malagueses veem o melhor de Joaquín a cada jogo. Com cinco gols, três na Liga e dois na Champions, ele é fundamental para as pretensões de um Málaga que mostra que irá brigar novamente por uma vaga na principal competição europeia. Sempre caindo pelo lado direito, mas com liberdade para centralizar e criar jogadas para o centroavante Saviola no 4-2-3-1, não tem decepcionado. Há uma semana, contra o Milan, perdeu um pênalti na primeira etapa, mas deu a volta por cima marcando o gol da vitória que levou La Rosaleda à loucura. Os nove pontos na UCL (100% de aproveitamento) deixa os blanquiazules a um passo da história classificação às oitavas.
Ainda que, convenhamos, Isco seja o principal jogador do Málaga neste início de temporada, até por cumprir um papel tático de protagonista, Joaquín não está para trás. Manuel Pellegrini ratifica sua importância a cada coletiva. No ranking do Marca, a eterna promessa é o sexto melhor jogador da Liga Espanhola 12/13, atrás de Messi, Jesus Navas, Falcao García, Iago Aspas e Isco. Com 31 anos, Joaquín faz jus ao apelido de fênix que vem recebendo: renasceu das cinzas para ser destaque de uma equipe que faz história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário