Já classificados para a fase mata-mata da Uefa Champions League, Milan e Barcelona fizeram um jogo bastante agradável no San Siro, em Milão. A vitória por 3 a 2 garantiu a primeira colocação do grupo H ao Barcelona, que na última rodada recebe o Bate Borisov apenas para cumprir tabela. Além da vitória, outro ponto de destaque foi a formação inicial de Guardiola: um 3-4-3 marcado pela titularidade de Fàbregas como falso nove, ao lado de Messi e Villa, que por muitas vezes no jogo revezaram as posições.
Cesc não fez gol, mas teve uma atuação sobressaliente, provando que foi um grande acerto dos blaugranas no mercado. Hoje, Guardiola pode usá-lo em até quatro posições diferentes no campo. Fàbregas pode substituir Xavi, Iniesta, Messi e também um dos atacantes de lado de campo, como contra os rossoneris, com remanejamento do meio de campo. Faz sentido o esforço do Barcelona e a fortuna de quase 40 milhões de euros para repatriar o jogador. Paulo Calçade, comentarista dos canais Espn e simpatizante do clube catalão, fez um comentário bastante interessante sobre o camisa quatro. Fábregas é um símbolo do que Guardiola pretende para esta temporada: mobilidade e flexibilidade tática.
Outro ponto positivo de Fàbregas é a compatibilidade com Thiago Alcântara. Contra o Milan, foi a quinta vez que os dois começaram uma partida juntos, caindo por água abaixo os comentários de que os dois não dariam certos. A ascensão de Thiago Alcântara é notável mesmo com a chegada Cesc. O hispano-brasileiro tem mostrado personalidade e, substituindo Iniesta, não deixou a fluência da bola no meio-campo escapar. Se, para muitos, Thiago poderia sair dos eixos com a chegada de Fàbregas, Guardiola mostra que tem confiança no jogador, que, por sua vez, aparece como grande opção para desafios maiores.
O ponto negativo do 3-4-3 continua sendo a exposição da defesa. Embora Daniel Alves, talvez um dos que mais tenha não se adaptado ao esquema, não estivesse em campo contra os milaneses, a defesa continuou muito adiantada. A utilização de Puyol no lugar do brasileiro, contudo, acabou com o buraco enorme que ficava no lado direito da defesa quando o baiano jogava neste esquema. Contra o Milan, a defesa com Puyol, Macherano e Abidal, com Busquets saindo pra jogar e retornando pelo centro, perto de Keita, enfrentou um adversário com muita vontade de jogar. Precisando da vitória, a equipe de Alegri buscou o jogo ofensivo sempre, postura diametralmente oposto àquela vista pelo Barcelona nos confrontos contra a Inter, no mesmo estádio, há duas temporadas.
A obsessão de Guardiola pela posse de bola é uma das razões pela continuação do uso do esquema com três defensores. Na nova tática, os azulgrenás tomam por completo o meio-campo adversário. Apesar disso, o 3-4-3 não tem caindo nas graças dos torcedores, que, em uma votação promovida pelo site Mundo Deportivo, querem a volta do 4-3-3 clássico nos jogos de maiores dificuldades. Perguntado sobre um possível uso do esquema contra o Real Madrid, no superclássico do próximo dia 10, Guardiola deixou no ar: "ainda não perdemos jogando com três zagueiros, né? Até lá, muita água ainda vai rolar", disse o treinador.
Os dois lados da moeda
O Valencia cumpriu sua parte e venceu o Genk, no Mestalla, por 7 a 0. Soldado, com um hat-trick, chegou a seis gols e se juntou a Messi e Mário Gomez na artilharia da Champions. Contudo, Unai Emery certamente não contava com a vitória do Bayer Leverkusen contra o Chelsea na Alemanha, que praticamente classificou os alemães e deixou o jogo entre Chelsea e Valencia, na última rodada, em Londres, como decisivo. O treinador contava com uma vitória dos blues, que se classificariam e entrariam em campo contra o Valencia, provavelmente, mais "relaxados". Agora, é decisão. No Mestalla, deu empate por 1 a 1. No Stamford Brigde, o Valencia joga pelo empate. Quem passa?
chelsea passa.
ResponderExcluirgostaria de parabenizar o blog, belíssimo trabalho, sempre.
ResponderExcluirObrigado, Lucas!
ResponderExcluirContinue nos prestigiando.
Abraço!