Kubala: ídolo blaugrana que é tido por muitos como o "presente" da didatura ao Barcelona(Fcbarcelona.com)
Hungáro, que iniciou a carreira em seu país, mas sempre será lembrado pelo o que fez nos dez anos em que vestiu a camisa blaugrana. Antes de chegar ao Barcelona, o atacante não passou mais que dois anos em nenhum clube, por isso, se estabaleceu como ídolo do Barça na década.
Seu início na Hungria ocorreu no Ganz, clube da terceira divisão local. Nas categorias de base de seu clube, Kubala jogava com meninos mais velhos que ele e não demorou muito a se transfereir para um grande clube do país, o Ferencváros. Lá ele passou a jogar ao lado de Kocsis, que também se tornaria seu companheiro de seleção húngara e depois ainda jogariam juntos no Barça.
Kubala jamais foi muito simpático ao comunismo, que era regime governamental de seu país. O atacante primeiro se abrigou na Itália, onde jogou pelo pequeno Pro Patria. O destino tirou Kubala do acidente aéreo, que envolveu o Torino e matou 31 membros da equipe. O atacante assinaria contrato com os granata, porém uma doença de um de seus filhos impediu que ele fosse contratado e também evitou que ele estivesse no avião que caiu.
A carreira de Kubala ameaçou ser parada, a Federação Húngara de Futebol o acusou de sair do país sem permissão, com o objetivo de escapar do serviço militar. A FIFA aceitou as acusações e o atacante foi banido do futebol internacional por um ano. Para driblar – como fazia com os adversários – a punição, Kubala formou o seu próprio time, o Hungária. E com ele viajou até a Espanha para alguns amistosos.
Na terra das touradas, Kubala encantou os adversários e consequentemente os grandes clubes, que viam nele uma estrela em potencial. Mas quem se saiu melhor no trabalho de atrair o atleta, foi Josep Samitier, diretor do Barcelona.
Porém uma ajuda foi muito importante nesse processo, os serviços diplomáticos do governo do Generalísmo Franco foram fundamentais. Kubala era um ídolo, que fugia do mundo oriental do comunismo e que se abrigava na ditadura espanhola. Sempre é bom lembrar que o Barcelona era considerado o clube perseguido por Franco, inclusive tendo um de seus presidentes assasinado na época. Mas Kubala foi o “presente” do franquismo aos blaugranas. Ainda fazia parte do acordo o técnico Ferdinand Daucik, que comandava o Hungária de Kubala e se tornou o comandante do Barcelona.
Todo o esforço valeu a pena, pois a técnica, a habilidade e as cobranças de falta do húngaro, fizeram com que ele se tornasse um maestro do Barça. Em suas primeiras três temporadas, Laci conquistou dois Campeonatos Espanhóis, três Copas Espanholas e ainda mais alguns campeonatos menores. Sucesso total.
Para a aumentar a idolatria de Kubala, em 1958 o atacante foi fundamental na contratação Czibor e Kocsis, outros dois talentosos e ofensivos jogadores húngaros. Com os companheiros, foram 2 Campeonatos Espanhóis e mais uma Copa Espanhola, e claro, mais campeonatos menores. No período do Barcelona, ele passou a jogar pela seleção espanhola, onde marcou onze gols nos 19 jogos que disputou, uma boa média.
A história no Barça como jogador terminou em 1961, e iniciou como técnico blaugrana, mas não teve muito sucesso. O húngaro voltou a jogar, pois surgiu um convite para ser jogador/técnico no Espanyol, onde ficou até 1966. Mais um acordo para jogar e ser técnico, dessa vez do Zurich, da Suíça.
Em 1967, o jogador Kubala finalmente parou, por outro lado, o técnico seguiu firme. Passou por mais dez empregos, incluindo mais uma vez o Barcelona, a Seleção Espanhola e a Seleção olímpica, nenhum deles com sucesso. Seu grande feito foi levar o Málaga de volta à La Liga, após conquistar o título da Liga Adelante, em 1988. A seleção paraguaia, em 1995 foi seu último trabalho.
Kubala viveu em Barcelona, até morrer em 2002. Um ano após a sua morte, recebeu a medalha de honra ao mérito do clube catalão. Muito merecido, Laci é uma bandeira dos Barça, que os culés jamais esquecerão.
Laszlo Kubala
Nascimento: 9 de junho de 1927, em Budapeste, Hungria
Morte: 17 de maio de 2002, em Barcelona, Espanha
Posição: Atacante
Clubes como jogador: Ganz (1944), Ferencváros (1945-46), Slovan Bratislava (1946-48), Vasas (1948-49), Pro Patria (1949-50), Hungária (1950), Barcelona (1951-1961), Espanyol (1963-65) e Zurich (1966-67)
Clubes como técnico: Barcelona (1961-63), Espanyol (1963-66), Zurich (1966-67), Toronto Falcons (1968), Córdoba (1968-69), Seleção espanhola (1969-1980), Barcelona (1980-82), Al-Hilal (1982-86), Real Murcia (1986), Málaga (1987-88), Elche (1988-89), Seleção olímpica espanhola (1992) e Seleção paraguaia (1995)
Títulos: 4 Campeonatos Espanhóis (1952, 1953, 1959 e 1960), 2 Taças das Feiras (1958 e 1960), 2 Copas Eva Duarte (1952 e 1953) e 1 Segunda Divisão Espanhola (1988)
Seleção tchecoslovaca: 6 jogos e 4 gols
Seleção húngara: 3 jogos
Seleção espanhola: 19 jogos e 11 gols
muito maneiro o texto. e um bem feito ao franco.
ResponderExcluirabraços