Casillas fez uma de suas piores temporadas na carreira, mas mesmo assim continua sendo homem de confiança de Vicente Del Bosque (getty images)
O sucesso de canteranos na equipe profissional do Real Madrid é algo incomum. Há quem rode um bom tempo para, enfim, receber a primeira oportunidade concreta no time de cima. Iker Casillas, por esse viés, já pode ser considerado uma exceção no clube que se diz o maior do planeta. Aos 17 anos, já era titular absoluto do Real e dono de confiança e popularidade no Santiago Bernabeu.
Pela Seleção Espanhola, deixou para trás alguns concorrentes de peso e é, há anos, titular absoluto e capitão da Fúria, restabelecendo a confiança que transmitia o legendário Zubizarreta. Mesmo em uma equipe que vem falhando nas grandes competições, Casillas mantém uma reputação internacional inabalável e se salva, com atuações sempre seguras, das críticas normalmente feitas aos espanhóis.
É impossível não atrelar a sorte às oportunidades que Casillas recebeu no início da carreira. No entanto, em praticamente todos os momentos, “San Iker” respondeu com competência, dedicação e regularidade. Hoje um dos melhores do mundo em sua posição, é um dos poucos jogadores espanhóis que não suscita dúvidas e tem, com 29 anos, ainda muitos anos de sucesso para cumprir.
As primeiras oportunidades para Casillas na Seleção Espanhola apareceram em 2000, quando ele já era, no Real Madrid, titular absoluto. Iker foi chamado para a Eurocopa daquele ano, disputada na Holanda e na Bélgica. Trazia consigo, porém, uma participação de sucesso pelas seleções de base, especialmente pelo desempenho no Mundial Sub-20 de 1999 na Nigéria.
Casillas, mesmo não sendo titular absoluto do gol espanhol – o posto era do bilbaíno Aranzubia -, recebia oportunidades de Iñaki Saez ao longo da competição. A mais importante delas, nas quartas-de-final, fez com que o madrileno saísse coroado, classificando a Espanha na disputa de penalidades contra a forte Gana. Foi então o primeiro título mundial júnior da Fúria.
A partir do início da década corrente, Casillas já era considerado o próximo goleiro da Seleção. Pela frente, porém, tinha Santiago Cañizares, bandeira do Valencia e em grande forma. San Iker ficou sob sua sombra e ia para sua primeira Copa do Mundo, em 2002, como reserva. Um golpe de sorte, porém, lhe deu a grande chance de jogar o Mundial como titular.
Um acidente doméstico de Cañizares, curiosamente com um vidro de perfume, fez com o que o goleiro do Valencia fosse cortado, pouco antes do início da Copa. Em grande forma com o Real Madrid, onde já era bicampeão europeu, assumiu o posto com tranqüilidade. Os espanhóis, claro, também podiam ficar despreocupados.
Casillas, como de esperado, teve grandes atuações no Mundial. Após uma primeira fase sem grandes sustos, foi o principal destaque espanhol no jogo duro contra a Irlanda nas oitavas. Defendeu três cobranças irlandesas na disputa de pênaltis, pondo a Fúria nas quartas. Nessa fase, porém, prevaleceu a péssima arbitragem do egípcio Gamal Ghandour – e, na decisão de penalidades, desta vez, Iker não pegou nenhuma cobrança dos sul-coreanos.
Iker Casillas ainda teve atuações seguras nas últimas duas competições internacionais – a Euro de 2004 e a Copa do Mundo de 2006. Titular absoluto do gol espanhol, assumiu a braçadeira de capitão com a ausência de Raúl González, e não pára de bater recordes. Com a Fúria, já tem 76 aparições – o quinto na lista. Se a Espanha for à final da Euro, já será o quarto colocado. Com apenas 29 anos, pouco para um goleiro, é questão de tempo que continue subindo no ranking.
Casillas era o quarto goleiro do Real Madrid e sequer esperava ser convocado, aos 16 anos, para integrar o banco de reservas do clube em um jogo de Liga dos Campeões. Illgner e Contreras, titular e reserva respectivamente, se lesionaram coincidentemente. A oportunidade de atuar, efetivamente, já veio no ano seguinte.
Casillas assumiu o gol madridista e não largou mais o osso. Desde então, 1999, não dá chances a qualquer adversário que apareça. Diego López, um dos principais goleiros do último Campeonato Espanhol, pelo Villarreal, ficou anos sob a sombra de San Iker, até perceber que precisaria sair no Bernabeu para atuar.
Casillas foi duas vezes campeão da Liga dos Campeões e, atuando em grande nível, foi um dos poucos pontos altos da Era Galáctica, que trouxe craques, e poucos títulos, ao Real. Nesse período, ficava evidente a importância que tem no ambiente merengue, sendo, além de um dos poucos espanhóis, um dos raros canteranos do clube. Ao lado de Raúl e Guti, forma ala influente dentro dos elencos do Real.
Com já oito anos como titular absoluto do gol madridista, Casillas foi surpreendido, há poucos meses, com a proposta de um contrato vitalício com o Real Madrid. Apenas ele e Raúl Gonzalez receberam a oferta honrosa e tentadora. Aos 29 anos, Iker Casillas já parece um veterano. Absurdamente precoce e prodigioso, ainda possui margem para brilhar ainda mais alguns anos no Bernabeu. É, indiscutivelmente, uma das maiores bandeiras do Real em todos os tempos.
Iker Casillas
Nome completo: Iker Casillas Fernández
Posição: Goleiro
Data de Nascimento: 20/05/1981
Local de Nascimento: Móstoles, Madrid, Espanha
Clube que defendeu: Real Madrid
Títulos: Campeonato Espanhol (00/01, 03/04, 06/07, 07/08), Liga dos Campeões da UEFA (99/00, 01/02), Mundial Interclubes (2002), Supercopa da Espanha (2001, 2007), Supercopa da UEFA (2002), Eurocopa (2008)
Pela Seleção Espanhola, deixou para trás alguns concorrentes de peso e é, há anos, titular absoluto e capitão da Fúria, restabelecendo a confiança que transmitia o legendário Zubizarreta. Mesmo em uma equipe que vem falhando nas grandes competições, Casillas mantém uma reputação internacional inabalável e se salva, com atuações sempre seguras, das críticas normalmente feitas aos espanhóis.
É impossível não atrelar a sorte às oportunidades que Casillas recebeu no início da carreira. No entanto, em praticamente todos os momentos, “San Iker” respondeu com competência, dedicação e regularidade. Hoje um dos melhores do mundo em sua posição, é um dos poucos jogadores espanhóis que não suscita dúvidas e tem, com 29 anos, ainda muitos anos de sucesso para cumprir.
As primeiras oportunidades para Casillas na Seleção Espanhola apareceram em 2000, quando ele já era, no Real Madrid, titular absoluto. Iker foi chamado para a Eurocopa daquele ano, disputada na Holanda e na Bélgica. Trazia consigo, porém, uma participação de sucesso pelas seleções de base, especialmente pelo desempenho no Mundial Sub-20 de 1999 na Nigéria.
Casillas, mesmo não sendo titular absoluto do gol espanhol – o posto era do bilbaíno Aranzubia -, recebia oportunidades de Iñaki Saez ao longo da competição. A mais importante delas, nas quartas-de-final, fez com que o madrileno saísse coroado, classificando a Espanha na disputa de penalidades contra a forte Gana. Foi então o primeiro título mundial júnior da Fúria.
A partir do início da década corrente, Casillas já era considerado o próximo goleiro da Seleção. Pela frente, porém, tinha Santiago Cañizares, bandeira do Valencia e em grande forma. San Iker ficou sob sua sombra e ia para sua primeira Copa do Mundo, em 2002, como reserva. Um golpe de sorte, porém, lhe deu a grande chance de jogar o Mundial como titular.
Um acidente doméstico de Cañizares, curiosamente com um vidro de perfume, fez com o que o goleiro do Valencia fosse cortado, pouco antes do início da Copa. Em grande forma com o Real Madrid, onde já era bicampeão europeu, assumiu o posto com tranqüilidade. Os espanhóis, claro, também podiam ficar despreocupados.
Casillas, como de esperado, teve grandes atuações no Mundial. Após uma primeira fase sem grandes sustos, foi o principal destaque espanhol no jogo duro contra a Irlanda nas oitavas. Defendeu três cobranças irlandesas na disputa de pênaltis, pondo a Fúria nas quartas. Nessa fase, porém, prevaleceu a péssima arbitragem do egípcio Gamal Ghandour – e, na decisão de penalidades, desta vez, Iker não pegou nenhuma cobrança dos sul-coreanos.
Iker Casillas ainda teve atuações seguras nas últimas duas competições internacionais – a Euro de 2004 e a Copa do Mundo de 2006. Titular absoluto do gol espanhol, assumiu a braçadeira de capitão com a ausência de Raúl González, e não pára de bater recordes. Com a Fúria, já tem 76 aparições – o quinto na lista. Se a Espanha for à final da Euro, já será o quarto colocado. Com apenas 29 anos, pouco para um goleiro, é questão de tempo que continue subindo no ranking.
Casillas era o quarto goleiro do Real Madrid e sequer esperava ser convocado, aos 16 anos, para integrar o banco de reservas do clube em um jogo de Liga dos Campeões. Illgner e Contreras, titular e reserva respectivamente, se lesionaram coincidentemente. A oportunidade de atuar, efetivamente, já veio no ano seguinte.
Casillas assumiu o gol madridista e não largou mais o osso. Desde então, 1999, não dá chances a qualquer adversário que apareça. Diego López, um dos principais goleiros do último Campeonato Espanhol, pelo Villarreal, ficou anos sob a sombra de San Iker, até perceber que precisaria sair no Bernabeu para atuar.
Casillas foi duas vezes campeão da Liga dos Campeões e, atuando em grande nível, foi um dos poucos pontos altos da Era Galáctica, que trouxe craques, e poucos títulos, ao Real. Nesse período, ficava evidente a importância que tem no ambiente merengue, sendo, além de um dos poucos espanhóis, um dos raros canteranos do clube. Ao lado de Raúl e Guti, forma ala influente dentro dos elencos do Real.
Com já oito anos como titular absoluto do gol madridista, Casillas foi surpreendido, há poucos meses, com a proposta de um contrato vitalício com o Real Madrid. Apenas ele e Raúl Gonzalez receberam a oferta honrosa e tentadora. Aos 29 anos, Iker Casillas já parece um veterano. Absurdamente precoce e prodigioso, ainda possui margem para brilhar ainda mais alguns anos no Bernabeu. É, indiscutivelmente, uma das maiores bandeiras do Real em todos os tempos.
Iker Casillas
Nome completo: Iker Casillas Fernández
Posição: Goleiro
Data de Nascimento: 20/05/1981
Local de Nascimento: Móstoles, Madrid, Espanha
Clube que defendeu: Real Madrid
Títulos: Campeonato Espanhol (00/01, 03/04, 06/07, 07/08), Liga dos Campeões da UEFA (99/00, 01/02), Mundial Interclubes (2002), Supercopa da Espanha (2001, 2007), Supercopa da UEFA (2002), Eurocopa (2008)
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